nos resquícios de uma noite mal dormida,
onde o amor foi palavra derramada,
na paixão fermentada em silêncio,
num céu qualquer, de um lugar distante,
com as estrelas a orvalhar ,
flores semeadas no deserto.
No meio de pétalas já sem vida,
veio na esperança de se aconchegar,
dentro do ventre quente e húmido,
de uma abelha faminta,
presa aos lábios da flor eleita,
onde se deixaria morrer.
Flor de laranja e mel,
de pétalas frágeis acariciava,
a delicadeza do amor polonizado ,
musicando a brisa no prelúdio,
que antecipava a explosão,
solar do alvorecer...
Maria Augusta Loureiro
(Margusta)
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