terça-feira, 21 de julho de 2015

Ausência...


Não estás. Finjo que parti para longe,

e que aguardas o meu regresso.
Mas na placidez da tarde a saudade
entra-me pelos olhos, em estrondos de luz,
devolvendo-me a silhueta da tua ausência.
Afinal eu estou aqui, e na estação em que te vi partir,
os carris ainda marcam a distância,
num paralelismo cheio de melancolia.

Cheira a terra quente,
e nenhuma água sacia a minha sede...

©Margusta Loureiro

in " Conto de Poetas - Parte II "  (vários autores)
 Edição de  "Nós Poetas Editamos "
*reservados todos os direitos de autor de texto e imagem.

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